quinta-feira, 31 de março de 2011

As vezes as respostas nos chegam de onde menos esperamos...

" As verdades estão sempre a nossa frente, precisamos apenas sabermos enxerga-las..."

( Não cabe comentário )


Por quê?...

•Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: É passividade...

•Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: É subserviência...

•Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: É indiferença...

•Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: É imbecilidade...

"O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes"...

Não sei que escreveu isso não, mas é uma verdade sem precedentes!...

( Isso foi um murro )

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!"

Oi...



Muitas vezes na minha vida eu quis tocar o céu... Sempre me imaginei escalando montanhas gigantes que pudessem me levar mais perto daquele azul fascinante, uma imaginação aqui, uma outra ali, já fui piloto de avião, astronauta, cosmonauta, ( depois descobri que não tinha diferença entre eles ) Sempre procurava os lugares mais altos, nunca tive medo de altura, imaginava como seria poder tocar aquele azul, as vezes podia ver minha mão passando naquela superfície, e ela se abrindo ao meu toque, e que entre meus dedos eu pudesse sentir o toque do céu, tocar um anjo, pegar nas mãos de Deus, fazer um planeta girar... Sempre me fascinou o céu quando criança... Me lembro uma vez, antes de você nascer, havia um pânico geral aqui no Brasil, pois uma estação espacial desativada estava prestes a cair, ninguém sabia exatamente onde o fato se daria, e as pessoas morriam de medo pensando que aquele trambolho pudesse cair na Vila Bonilha em Pirituba, bem na rua da casa da Áurea... Essa estação chamava-se Skylab, isso era meados de 1978, depois fiquei sabendo que ele caira em meio ao pacífico em milhares de pedacinhos... Sempre fui muito sagaz, sempre em busca de informações, de descobertas, eu tinha uma caverna só minha, a qual eu abastecia com Ki-suco jarrão, e levava sempre uns bolinho de chuva que a Aurea fazia... Eu era um cara feliz!... Tinha uma coleção de bichos, aranhas, escorpiões, formigas saúvas, e diversas outras (ESPÉCIMES) Nunca entendi o porque usam essa palavra, sempre foram espécies mesmo!... Mas minha mente estava sempre voltada para o céu, minha mente e meus olhos... Eu vi o Cometa de Halley, tem noção disso?... Eu já vi balão meteorológico e pensei que fosse uma nave repleta de incas venusianos, já vi estrela cadente, fiz pedido até... Mas depois falaram que era um meteorito que ao entrar na atmosfera pegava fogo. Nunca mais fiz pedido... Eu vi disco voador, de tudo que é tipo, mas os verdadeiros discos voadores que vi, foi quando irritei a minha Mãe, ela pegou uns discos meus e jogou feito bumerangue... Caramba, sempre sonhei com o celestial, e depois descobri que se chamavam celestiais, porque eram do céu, pela sua cor celeste... Sei que é por isso que sempre amei a cor azul... Antigamente diziam que se encontrar com os anjos, era privilégio das crianças, e que quando adulto isso acontecia quando o fulano batia as botas... Meu negócio era o céu!... Aquilo sempre me intrigou, o porque eu tinha essa ligação quase que louca pelo céu, ele regia a minha vida... Mas ai fui crescendo, tomando responsabilidades, e as vezes me pegava olhando para o céu somente para ver se iria chover ou não...



Ontem me vi pensando nisso!... Relembrando de quando eu era feliz por apenas querer tocar o céu, descobrir o que tinha por detrás daquele imensidão azul... Fiz algumas incursões ao passado. Ou seria excursões ao tempo em que era feliz? Isso me deu uma saudade doentia das pessoas que se foram, dos amigos que perdi. Me lembrei da minha avó, do Lauro, não me lembro do meu Pai, mas pensei nele também, vi o César me protegendo, me chamando de garoto estranho, ,e provocando... Uma vez eu escutei por detrás da porta uma conversa dele e da minha Mãe, ele dizia pra ela que eu era um cara muito inteligente, que eu tinha ou seria alguém especial. Eu nem dei atenção, pensei que ele estivesse puxando o saco da minha Mãe, ou que tivesse comido demais e o feijão houvera subido para a sua cabeça e ao se misturar com seus neurônios, haviam confundido o pobre rapaz... Caramba meu Deus, que saudade me deu!... ( A coisa do feijão com os neurônios é verdade, sempre tive cada ideia de maluco )... Já me lancei de estilingue humano, já entrei em rio que tinha piranha, e depois de sair morri de medo, porque tinha uma unha encravada... Coisa de Celso.!... Senti falta de quando eu olhava para o Céu... Me senti criança, e com isso me veio o vazio que a falta das pessoas que amava me fizeram naquele instante... Ontem não foi um bom dia!... Tentei olha para o céu, mas ele não me dizia as mesmas coisas que antes, ali não tinha mais as esperanças que antes eu achava, meus olhos não mais brilhavam como quando eu olhava para o azul do céu... Havia perdido o meu céu!... Mas não era o céu dos justos e bonzinhos, o céu das igrejas que eram catequizados em suas missas, nem o céu cantado nas serenatas românticas... Aquele era o meu céu, onde estavam guardadas as coisas mais importantes e preciosas da minha vida!... Mas ele não era mais o mesmo!... Me perguntei porque?...



Fitei o céu novamente com meus olhos de adulto, que em poucos instantes brilharam como outrora quando eu era criança, e num marejado misturado de olhar de saudade e vislumbramento eu me descobri vendo novamente a mesma imensidão maravilhosa, imponente, infinita, incólume, o mesmo azul agora escurecido pela noite com suas estrelas e galáxias longínquas, e a lua voltou a ser um enorme queijo suíço, senti novamente a vontade de passar minha mão ali para que entre o vão dos meus dedos eu pudesse tocar as preciosidades que aquele lugar de sonhos continha... Foi quando me dei conta de que aquele meu céu estava vazio, e que jamais seria o mesmo, pois tinha me dado as duas coisas mais valiosas que havia nele... Eu percebi que não preciso olhar para o céu para ver o que de mais maravilhoso tenho na vida, essas coisas estão aqui na terra... O Céu nunca mais foi ou será o mesmo pra mim, depois que você meu Raio de sol entrou na minha vida, e depois que meu anjo nasceu!... Mas ainda vou continuar olhando pra ela, pois sei que ainda existem ali alguns tesouros que estão guardados e que me pertencem... E que pra lá foram aqueles que tanto amei!... Inclusive a senhora viu D Áurea!...

Carolina / Filhão... Vocês dois são o meu sol!...

... Não tenho condições nem palavras para dizer a dimensão do que sinto, mas farei isso com certeza!... Aqui o que quiz dizer é que o meu amor é bem maior que tudo que existe, ele é do tamanho do infinito!... Eu te amo!... E sei que vou te amar, por toda a minha vida!... Pela vastidão do universo!... Do tamanho do meu céu!...

Celso Leal


"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto

A via láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!

que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas."


“Via Láctea” Olavo Bilac.

Homem comum de sangue latino...

Não foi minha intenção...

Pena não perceber de outra maneira...

Como se eu tivesse acrescentado ao seu devaneio...

Não me enxerga mais como antes...

Perdi o encanto...

Os superpoderes da fala silenciosa e do escutar sem palavras...

Virei homem comum...

De sangue quente de um vermelho latino que corre nas veias, e de coração que parou de pensar, para apenas bater...

É uma pena...

Perdi os superpoderes, mas ganhei a humanidade...

E pude manter minha essencia...

Sei que não é o bastante para as pessoas que me importam, mas pra mim é a centelha com a qual reacenderei a fogueira que é a minha vida...

Mas não mereço aplausos, nem compaixão...

Sim!...

Não quero jubilo, nem pesar...

Apenas poder encontrar respostas para as perguntas que tenho...

Eu disse não querer fama, nem esquecimento...

Porque me contento com o anonimato...

Me cai bem chegar sempre de repente e surpreender com alegria...

Me cai bem ultimamente...

Sair andando a noite pela Paulista ou pela Vila Madalena...

Uma cerveja gelada...

A agradável presença da minha cia...

O silêncio as vezes velado, mas outrora sábio...

Aquele que sempre diz a verdade em frases concretas...

O que acompanha Minh'alma cativa...


Celso Leal - 10//03/2011



‎" Não há alma tão fraca que não possa, sendo bem orientada, adquirir poder absoluto sobre as suas paixões"... " (René Descartes)

O demasiado humano...

O demasiado humano...

O homem é o criador dos seus valores, seus sentimentos. Mas geralmente esquece o significado da sua própria criação, e acaba vendo neles algo de transcendente, de eterno e verdadeiro. Porém esses valores e sentimentos não são mais do que desejos simples. Humano, demasiado humano. ( Nietzsche )

Assim como a verdade e a mentira, o amor ou o ódio. O homem vive de sua indiferença e dissimulação pelo preceitos verdadeiros de seus valores e sentimentos. Seres humanos se buscam nas verdades que lhes convém e sentem-se impelidos as falsas sensações de controle sobre seus atos, podendo assim criarem realidades controversas, distorcendo notoriedades certas, autenticando as mentiras possíveis. As formas lúdicas com as quais convivemos com o real, se perdem nas mentiras que nos acalentam a alma. É fácil ao errar culparmos o fato da humanidade imperfeita, da pressão psicológica, da fraqueza de caráter e a falta de conhecimento. Mas ao largo que nossas mentiras tornam-se as verdades que queremos crer, assumimos novamente a autoridade de criadores, nossa vã necessidade de brincarmos de Deus! O paralelo entre o homem e seus deuses ou entidades divinas, é a vontade do primeiro ter poder sobre todas as coisas, e os mistérios que os segundos exercem ao se mostrarem superiores.

Criar realidades difusas que sempre se confundem com o consciente coletivo é prática hábil do ardil humano. Não há no mundo um ser sequer que não vive de um sonho, não tenha acreditado em uma mentira própria a qual criou para agir como bálsamo para as frustrações ou analgésico para as dores da alma. Esse perfil do caráter humano de sempre se justificar em ilusões as realidades vividas ou não, misturada sua sede de poder e pretensão de ser detentor do direito de pensar, é o que faz com que acabe cometendo o ato patético que querer ter um poder qual nunca obstante lhe pertenceu.

" Olhe para o alto, quando aspirar por elevação. Eu olho para baixo, porque estou elevado. Quem de vós pode ao mesmo tempo rir e estar elevado?... Somente aquele que galga as mais altas montanhas ri de todas as tragédias lúdicas e de todas as tragédias sérias... " ( Friedrich Nietzsche )

Sou um velho e apaixonado pela vida! Nunca fui chefe Escoteiro, nem tive pretensão de ser santo, ou eclesiástico. Velho, não pelos poucos mais de quatro décadas de existência física, e apaixonado (sempre) pela alma humana. Por um instante pensei que, às vezes, por economizarmos palavras, poderemos fazer com que o outro nos faça uma interpretação fanhosa do que realmente queremos dizer com nossas curtas frases. Imagine se eu tivesse deixado de me envolver pelo caminho com pessoas que encontrei, se as tivesse ignorado após breves momentos vividos e convividos, após ouvir o teor de suas respostas? Eu teria perdido uma rara oportunidade de conhecer algumas almas amigas e superiores a minha. Saber que isso só foi possível porque houve um encontro, seja ele de corpos, olhares, almas, palavras. Mas tudo na vida acontece de um encontro.

Citei o escotismo pelo fato de há muito tempo ter ouvido um relato surpreendente e caloroso sobre um fato ocorrido: O criador do movimento escoteiro, Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, um militar britânico acostumado com excursões militares de exploração, ao visitar, na África, uma tribo selvagem tida como canibal e extremamente violenta, surpreendeu seus superiores com o seguinte gesto: - Ao se defrontarem, Baden-Powell e o Chefe da Tribo, ambos se olharam fixamente nos olhos, estavam a pouco mais de 10 metros de distância. Após este instante o Chefe Índio, com a mão esquerda, deitou o seu escudo no chão e pousou a sua lança sobre o mesmo. Como num gesto automático, simultaneamente (Baden-Powell) deitou seu rifle no chão e sobre ele os dois cinturões repletos de munição. Sem darem uma só palavra, cada um caminhou na direção do outro. Na distância de pouco mais de 1 metro, ambos esticaram a mão esquerda e apertaram as mãos. Foram amigos o resto de suas vidas...

A história do ato desses dois homens sem querer acabou me fazendo refletir sobre coisas um pouco esquecidas, e me trouxe de volta a certeza de que mesmo quando mais estamos e somos decepcionados, machucados ou magoados pelos percalços do caminho, não devemos nunca desistir de continuar em frente, porque por mais que a estrada seja longa e de difícil caminhada, doravante podemos encontrar pessoas nessa jornada que nos façam ver que a vida é extremamente surpreendente, e que existem pessoas que conseguem nos mostrar que vale a pena acreditar sempre! Que aquele que imaginamos poder ser o algoz que nos trará sofrimento é um grande candidato a mestre em nos ensinar superação, e nos mostrar como grande pode ser o homem ao ter a verdadeira dimensão do seu tamanho. E que a mesma mão que acaricia, fere, pune e mata!.

Descobrir que somos suscetíveis aos desmazelos da nossa realidade, não nos dá permissão para fazermos com que os outros tenham que crer nas nossas mentiras. É preciso entender que somos do tamanho do nosso conhecimento, dos nossos atos, da capacidade que temos em transformar sonhos e ideias em realidade. Não nos medimos pelo tamanho da altura, o saldo da conta corrente, ou pelas mentiras que insistentemente contamos, até que se tornem verdades para nós mesmos.

Espero que o mundo mude, e que a situação melhore, mas o que mais quero é que você entenda, quando digo que ainda que eu não te conheça, apesar de talvez jamais encontrar você, rir com você, chorar com você ou beijar você, eu te amo de todo coração, eu te amo... (V De Vendeta )

Não sou um homem de teologia, mas tenho fé!
Não sou um homem de posses, mas possuo caráter!
Não sou homem de poder, mas tenho sede de conhecimento!
Não sou homem de força bruta, eu guerreio com a alma!
Não vivo em palacetes, mas meu espirito é elevado!
Não me apego a aparências, eu vivo de verdades!
Não tenho medo de mostrar quem sou, porque eu existo na realidade em que vivo!
Não tenho medo de errar, porque nunca quis ser Deus!

" Nada torna a vida mais interessante tanto quanto a descoberta de nossa própria complexidade..."

" Não há alma tão fraca que não possa, sendo bem orientada, adquirir poder absoluto sobre as suas paixões"... " (René Descartes )


Celso Leal.