terça-feira, 19 de julho de 2011

É fácil desistir de nossos sonhos...

Gil Pender, o protagonista do último filme de Wood Allen " Meia noite em Paris " Quer deixar de escrever roteiros de sucesso ( que ele mesmo acha mediocres ) Para se dedicar a coisas " mais sérias " e menos lucrativas: Um romence por exemplo. Ele acumulou dinheiro suficiente para tentar essa aventura por um tempo em Paris, como um escritor americano dos anos 1920.

Infelizmente, Pender está prestes a se casar com uma noiva que aprecia muito o seu sucesso atual, mas não tem gosto algum pela incerteza ( Financeira ) de seu sonho. Tudo indica que ele se dobrará ás expectativas da noiva e dos futuros sogros e do mundo, renunciando a seu desejo. Talvez seja por causa desse renúncia, aliás, que a noiva e os sogros o desprezam ( Todo mundo acaba desprezando o desejo de quem despreza o seu próprio desejo )

Mais eis que na noite Parisiense, alguns fantasmas do passado levam Pender para a época na qual poderia viver uma vida diferente e mais intensa - A época na qual seria capaz de fazer apostas arriscadas.

A idade de ouro de Pender é a Paris de Hemingway, Fitzgerald, Cole Porter, Picasso etc... Como disse Gertrude Stein ( Outra protagonista do sonho do herói ) Eles são a geração perdida, entre uma guerra terrível e outra pior por vir ( Isso ela não sabia, mas talvez pressentisse ) Por que eles fariam a admiração de Pender e a nossa? Hemingway responde quando explica a Pender que , " Para amar e escrever, é preciso não ter medo da morte..." Claro que não ter medo da morte talvez seja pedir muito, mas Pender poderia mesmo se beneficiar com um pouco mais de coragem; se conseguisse decidir sua vida sem medo da noiva ou dos sogros, seria um progresso.

Uma das morais do filme é que: " Temos uma só vida para viver, a nossa!"... Ou seja: Tudo bem sonhar coma idade de ouro, à condição de acordar um dia...

Agora o que emperra a vida de Pender não é o seu sonho nostálgico, é o presente. A nostalgia aliás, é seu recurso para não se esquecer completamente de seus próprios sonhos. É como se, para preservar seu desejo, ele o situasse numa outra época. Mas preservá-lo de quem?

Antes de mais nada, um conselho: Acontece as vezes que nosso sucesso não tenha nada a ver com nossos sonhos - Por Exemplo: Você queria ser promotor de justiça, mas fez algum dinheiro dinheiro com a imobiliária de família e ai ficou, renunciando a seu sonho...

Nesses caso, uma precaução: Case com alguém que ame seu sonho frustrado e não só o seu sucesso; sem isso, inelutávelmente, chegará o dia em que você acusará seu casal de ter sido a causa de sua renúncia. Em outras palavras: É possível e, as vezes, necessário renunciar a nossos sonhos , mas é preciso escolher como parceiro alguém que goste desses sonhos e dos jeitos um pouco malucos que usamos para acalentá-los ( No caso de Pender, passeios por Paris à meia-noite e na chuva )

Voltemos agora à pergunta: Contra quem Pender precisou preservar seu desejo, mandando-o para outra época? Aqui vem outra moral do filme:

Pender não é nenhum caso raro: Todos nós, em média, dedicamos mais energia a tentativa de silenciar nossos sonhos de que realizá-los. Muitos dizem que desistiram de sonhos dos quais os pais não gostavam por medo de perder o amor deles. Mas porque Pender recearia perder o amor da noiva, que ela não ama, e dos sogros, que ele ama ainda menos?.

O fato é que somos complacentes com as expectativas dos outros ( Que amamos ou não ) à condição que elas nos convidem a desistir de nossos desejos. É isso mesmo, a frase que precede não saiu errada: Adoramos nos conformar ( ou nos resignar ) às expectativas que mais nos afastam de nossos sonhos. Aparentemente preferismo ser o romancista potencial que foi impedido de mostrar seu talento a ser o romancista que tentou e revelou ao mundo que não tinha talento. Desistindo de nossos sonhos, evitamos fracassar nos projetos que mais nos importam.

Em suma, da próxima vez que você se queixar de que seu casal afasta você do seus sonhos, Lembre-se: Foi você quem o escolheu...

E mais um conselho: Se você encontrar alguém disposto a caminhar na chuva do seu lado, não fuja; Molhe-se!...

Contardo Calligaris... Folha de São Paulo 07/07/2011...

Carolina

Carolina...
Eu fiz um pedestal pra você...
Mas não por ser uma Deusa... Mas por ser uma mulher digna de ser Deusa...
Me prostrei diante da sua imagem, e venerei a divindade que existe em você...
Me abracei ao teu ventre e agradeci por ele me receber...
Vida...
Eu te amo de todas as formas...
De todos os jeitos... E amo todas as mulheres que habitam em você...
A mulher que á linda e fascinante...
A garota que é atrapalhada e encantadora...
A irmã dedicada e cuidadora...
A filha exemplar e querida!...
A amiga festejada e esperada...
A companheira fiel e parceira Leal...
Eu amo a menina confusa e as vezes mimada...
Que se transforma em fera indomada...
Eu quero a amante fogosa e entregue...
A mulher forte e determinada...
A médica dedicada e brilhante...
Eu amo a Carolina calada, amo a Carolina falante!...
Não quero nada além do que em ti tenho... Sou feliz, sou saciado em você...
Alimenta meu corpo e aquece minha alma Nina...
Viver por você é uma dádiva que carrego comigo...
Ficar longe a minha sina, o meu castigo...
Jamais faria nada para te colocar em risco...
Porque é tão importante que também se faz escutar...
Carolina, você é uma mulher inteligente!... Confiável, discernida!...
Não tenha medo de desabrochar...
E quando sair do casulo, saiba que não será mariposa pra sempre... Um dia vai virar uma borboleta linda!... E vai saber voar...
Pode esquentar Nina, pode ficar brava e brigar... Mas por favor, não fique cega... Não tape os olhos para as coisas lindas da vida, e tão menos para as mazelas do mundo...
Crescer não é só aumentar de tamanho, crescer é desvendar mistérios, desbravar conhecimentos...
Sim, mariposas não viram borboletas, elas não viram... Elas sonham em ser, sem saber que sempre foram...
Crescer é ter a dimensão do espaço ao redor e saber ocupa-lo... Certa vez escutei uma frase linda!... Ela diz assim: "Não sou do tamanho da minha altura, sou do tamanho do meu conhecimento...
Você é muito maior do que pensa...
As vezes tentarão apagar o seu brilho vida... Muitas vezes por quererem prende-lo... Por se incomodarem com ele, porque são pessoas de pouca luz, e fraca fé!... Mas não se deixe apagar... Pois sabemos que mesmo que a noite esteja escura, a lua reina por sobre as nuvens... E mesmo que o céu não nos deixa ver o sol, sabemos que é dia, pois é sua luz quem reina lá de cima...
Não sou maior que você...
Não sou maior que você, sou uma extensão de você, e você um complemento do que há em mim...
Desde o primeiro dia eu te disse que não a prenderia.
Que sempre quis te conquistar... Se lembra disso?
Porque sentimentos não se prendem, eles se sentem e se completam...
E não quero nenhuma daquela mulheres que citei acima... Nenhuma delas... Eu quero todas em uma só...
E é você essa mulher Carolina...
Eu te escolhi para ser elas, todas elas... Ou seja apenas você...
Palavras dizem qualquer coisa e ilustram qualquer desejo... Mas palavras apenas não fazem sentir o sentimento... Ele brota e nasce no olhar, no respeito, no companheirismo, na entrega, no desejo, paciência, união, admiração, amor, alegria, e vida!... cada um desses sentimentos em encontro em cada mulher que existe em você!
Me perdoe, nós homens somos falhos, e geralmente nos confundimos quando nos vemos diante daquilo que nos vislumbra.
Mas eu te falo com certeza de que quando te vi, eu soube exatamente que eu era...
Soube exatamente que estava eternamente ligado ao seu ser...
Obrigado por me aquecer...
Obrigado raio de sol...
Me perdoe se sou falho!...
Te vejo com os olhos de um ser humano... Quer te enxerga com o coração, te escuta no canto do vento, te sente no pensamento, te toca com a alma e te vive na plenitude.
Me perdoe se não te entendi...
É a primeira vez que eu falo com um anjo!...
Eres mi luz, eres mi sol!...
(By Celso Leal to Carolina Tavares)

A minha busca...

Tenho uma vida cheia de detalhes, creio que se fosse um filme, ela seria uma aventura daquelas... Sempre fui calmo e fiel aos meus princípios, e desde pequeno, trago comigo uma mania, uma maneira sei lá do que posso ou como posso chamar essa minha paixão pelas pessoas que amo, esse apego e apreço que tenho por quem me toca a alma, que me invade o peito... Tudo é muito sequencial, como no tal filme, ou no livro do Saramago, ou do Victor Hugo... Cada um tem sua importância, e consequentemente o seu espaço... Quando acontece e eu sinto esse desejo de proteção, amor, carinho, afeto, necessidade, pluralidade por essa pessoa, eu me transformo. Me transformo naquilo que acho que ela gostaria que eu fosse... Tem sido assim minha vida toda!... Me apego muito aqueles que amo, e não me importo nem um pouco de expressar isso... No passar da película ( o tal filme ) ao qual agora eu faço um paradoxo com a minha vida, eu ganhei e perdi muita coisa, muita gente boa que amei, muitos momentos tristes que passei. Mas na minha cabeça voadora de pensador, cabeça avoada de menino, cabeça sonhadora de quem ama, eu acabei construindo castelos, alguns sólidos feitos de rocha do mar... Eu pensei: Pera ai, se Deus me deu o livre Arbítrio para escolher, então escolho ter a esperança como alicerce, a visão do bem como janelas, a segurança da verdade como teto, a firmeza do conhecimento como chão, e a lealdade como a porta de entrada... Esse é o meu castelo onde habitam apenas quem amo... As vezes eu amo tanto, que me esqueço de ser amado, que sou amado... Mas não me importa!... Me basta o sorriso de felicidade de quem amo, as histórias felizes daqueles que quero bem... Ontem eu fiz um balanço, resolvi fazer um censo nessa minha terra chamada coração, precisava fazer isso, pois você me mandou olhar dentro de mim e ver quem era, quem estava lá. ( Acho que se lembra de me dizer isso na observação que me fez? ) Observação essa que me encheu de pesar, pois eu vi ali um Celso que não existe, que nunca existiu, principalmente após conhecer alguém tão especial e maravilhoso... ( Vai descobrir quem é durante minha escrita )... Eu vasculhei todos os confins da minha terra chamada existência e fui enumerando e nomeando quem ali dentro de mim eu achava... Fui encontrando pessoas, e empossando-as e dando-lhes designações, cada qual com sua importância e grau de afetividade...



Achei pela estrada que circundava os arredores do meu peito, e que ia lá longe no meu pensamento, algumas pessoas, essas eu decidi chamar de amigos, amigos do peito. E sem posição de importância, os coloquei todos em primeiro lugar. Estes são eles: Você, o Gabriel, o Sandro, o Félix, a Lilli, começou a ficar meio vazio o caminho, mas olhei bem ao redor e encontrei mais dois ou três, me senti feliz ao estar entre eles a Laura, esses são meus amigos de tudo e pra tudo!... Pensei em colocar o César e a Sueli, mas são meus irmãos. Mas merecem ficar, mesmo sendo nós três, amigos velados... Fecho essa parte da casa, se sigo a caminhada a procura da pessoa que pediu que eu encontrasse, me disse para achar dentro de mim quem eu realmente amava, quem significava algo pra mim... Entrei na casa do amor Carolina, uma casa mais restrita que a dos amigos, mesmo chateado como estava ontem, eu percebi que meu coração estava quente e iluminado, pois havia um sol brilhando lá dentro, e a sua volta orbitavam estrelas e uma lua... Estrelas essas que são como as de verdade, aquelas que se extinguiram a milhões de anos, mas que nossos olhos ainda podem ver, que podemos sentir a presença. Nessa minha via láctea tinha a estrela Áurea, Mauricio, estrelas mais distantes que por isso talvez eu não conhecesse, mas estavam lá. a constelação Wagner, aqueles amigos que citei a pouco faziam parte das estrelas novas, nesse meu céu onde brilhava o sol... E como naquelas tardes como a de ontem. ( O que me inspirou a escrever este texto ) em que olhei pra cima e um céu de um azul tão limpo onde eu vi e enxerguei o sol, uma lua enorme e estrelas, isso tudo junto. É raro, mas as vezes acontece num dia maluco de inverno quente... Essa cidade tem o clima mais doido do planeta. Voltando ao céu do meu peito onde lá ardia um sol tendo ao seu lado uma linda lua cheia de amor, beleza, futuro esperança e alegria foi que encontrei as duas pessoas que me são mais importantes nessa minha vida, para a minha vida!. A Lua que serena minha noite, ilumina meu sono, me romantiza o pensamento, que me faz rir só de pensar naquela Buchecha rosadas e cabelos em caracóis caindo pela testa, que ontem precisei buscar para me aquietar um pouco, que me abraçou e fez meu corpo relaxar como se fosse um bálsamo. Essa lua é o Gabriel, filho lindo que amo, que faço questão que cresça forte e verdadeiro, e que quando isso acontecer, que eu, seu Pai, tenha sido apenas um pouco do homem que se tornou... Esse cara eu encontrei aqui dentro, e do seu lado brilhando intensamente como uma bola de fogo que me arde e consome, me aquece o peito, me ilumina a alma e me dá a Vida, eu te encontrei... Eu amo você como jamais amei em toda a minha vida, e sei que não poderei amar mais assim. Porque esse é aquele amor que a gente escuta falar, esse é o amor verdadeiro, o que junta o amor do homem, das mães, de Deus, com o amor dos contos, o amor à vida... Um sentimento de grandeza e satisfação. É por você quem sinto isso, é você quem me faz sentir assim... Mandou procurar quem estava dentro de mim, eu estava lá dentro contemplando você... Eu amo você Carolina!... Estou disposto a viver contigo, ser seu companheiro se me permitir, quero que você deite a cabeça nesse peito que descrevi, e escute bater nele todos esses sons de estrelas, lua, e sol... Você basta apenas pegar, pois é seu isso... Basta apenas tomar posse, porque eu te nomeei dona dessa terra que chamo minha vida!...

Dia sem começo de uma noite sem fim...

Essa noite, o cansaço me tirou o sono...
Foi no escuro que encarei meus medos, e deles vi brotar a esperança...
Percebi que a dor da saudade é parecida com a do enfarte, ela dói no peito...
Na madrugada as imagens da tv, não coincidem com os sons...
Meu corpo ardeu em febre, mas mesmo assim eu senti frio...
Hoje quando o dia amanheceu, ainda estava de noite...
E no lugar onde deveria estar o sol, era a lua quem reinava...
Levantei com cara de quem acordara naquele instante, sem ter dormido um só segundo...
Porque estou com a impressão de que hoje ainda é ontem?...
Falei para um cachorro parar de latir, e pensei se ele não latia me pedindo para calar a boca?...
Tomei café sem açúcar, comendo doce de leite...
O jornaleiro disse que eu madruguei... ( pode isso? )
Li no jornal que um cara fez um filme de 9 horas, e que uma mulher deu a luz na rua, e depois foi de ônibus para o hospital?...
Me senti sozinho no metrô lotado...
Escutei uma musica que não queria ouvir...
Bombardeei a sua ausência, com uma chuva de imagens...
Passei sob uma cascata de flores de um Ipê roxo atrasado, que perdia folhas no inverno ( Me lembrei do Outono )...
Pensei nas perguntas para as respostas que não tenho...
Me olhei no espelho, mas foi teu rosto que vi...
A minha cara de palhaço triste, me fez rir...
O olhar ávido de pedinte, me ensinou a doar...
Com a boca seca de sede, senti vontade de beber suas palavras...
No silêncio escutei nossas almas conversarem...
A calmaria me alertou para a tempestade...
O descompasso das coisas, mostrou-me a lógica do caos...
Fui julgado por ter falado a verdade, e por não contar mentira acabei me dando mal...
Mas por respeito a sua quietude, calo o grito que me ecoa peito, porque quando meu coração fala, é a sua alma quem o escuta...
Pela necessidade que tenho, te peço um abraço...
Para a eternidade do tempo, te peço um instante...
Sabe de algo que me fascina?...
Antes era preciso eu cerrar meus olhos para poder te enxergar, pois pra mim sua beleza era muito maior do que tudo aquilo que havia enxergado com os olhos abertos...
Hoje te vejo com os olhos da alma...

Bom dia!... Não dormi pensando em você!...

( Mais q isso )